Terminada
a nossa primeira reunião deste ano de 2013, já podemos divulgar alguma notícia
de nossos planos para este primeiro semestre. Dando prosseguimento às leituras
e discussões do semestre passado, decidimos continuar trabalhando com aquele
que já foi chamado de o "anti-livro" de Fernando Pessoa. Dessa
vez, entretanto, partiremos da proposição de uma dinâmica diferente. Até aqui,
vínhamos concentrando as nossas discussões em apresentações informais dos
membros do grupo sobre passagens dos livros estudados, sem que houvesse um tema
específico a guiar a nossa leitura e sem investir muito no suporte de textos
teóricos ou críticos, para que a experiência com as obras se desse de forma
mais direta, espontânea. Sentimos, agora, todavia, necessidade de mudar. Depois
de muito confabularmos, em nossa primeira reunião, no passado dia 01, escolhemos
um tema, a partir do qual procuraremos nos aprofundar em um aspecto específico
dos textos assinados por Bernardo Soares. A escolha, naturalmente, foi feita
tendo em vista as leituras do Livro
do desassossego realizadas até aqui,
mas a elas se somando já uma lembrança do que diz um estudioso da poesia
moderna. Trata-se da sugestão de Alfonso Berardinelli, em "Quatro tipos de
obscuridade", capítulo de seu Da poesia à prosa, em
que o autor aponta, como o primeiro dos quatro tipos em questão, as
categorias da "solidão" e da "singularidade". A intenção será
fazer uma leitura do Livro do
desassossego concentrada no
que dele se pode descobrir a respeito do que Berardinelli chama de "a
experiência do indivíduo solitário e segregado em si mesmo", que
implicaria, entre outras coisas, "uma relação
difícil" com "as experiências da comunidade”. As novidades,
entretanto, não param por aí. Agora, os encontros ganharão uma maior
formalidade, com as antigas apresentações mais simples dando lugar a pequenos
seminários, a cargo de dois ou três membros do grupo, previamente selecionados.
Como se vê, começamos o ano com novidades, com a vontade de renovarmos nossos
métodos e maneiras. Para seguirmos em frente, é preciso mesmo não deixar de
buscar o que pode nos fazer descortinar novos rumos. Vamos a eles!
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